Olá!!!
Esse post tem uma primeira parte que você pode acessar em https://convivendocomadependenciaquimica.blogspot.com.br/2017/10/quando-familia-entra-no-jogo.html
. (Prometo que vou relembrar como usar linguagem HTML para facilitar a nossa
vida com os links...rsrs).
Eu estava há dias em uso de cocaína e tomei uma dose muito
alta do antidepressivo que usava para tratar a depressão (Sim! Quando o usuário
encontra-se num período crítico da drogadição – rasamente explicando, seria
adição de substâncias psicoativas à vida – muito utilizado no meio acadêmico -
misturamos drogas lícitas e ilícitas, remédios psiquiátricos, analgésicos,
hormônios e tantas outras substâncias das mais variadas inconsequentemente.).
Não tomei consciente.
Com a cabeça “maluca”, peguei uma caixa nova do medicamento, pois a outra acabara
(só que a dosagem dessa caixa nova era seis vezes maior que a outra) e nem
sequer me dei o trabalho de observar os miligramas. Apenas abri e tomei.
E foi assim que achei que iria morrer.
Meu namorado e minha irmã me socorreram a tempo. Fui levada
ao pronto socorro e passei pela triagem como alguém que tomou remédios em
excesso. Por sorte, meu namorado conhecia o médico de plantão e pediu a ele que
agilizasse meu atendimento.
Nós três entre as cortinas do P.S., o namorado narrando que
eu fazia tratamento para depressão e tomei muito remédio e tals... O Dr. já
pedia uma lavagem estomacal quando o interrompi, pedi que ficássemos a sós. Muito
a contra gosto meu companheiro nos deixou.
Foi então que contei a verdade.
Pela dosagem de medicação que havia tomado somada às três
carreiras de pó que havia cheirado, o plantonista optou por fazer um
eletrocardiograma, monitorar meus batimentos cardíacos e o nível de oxigênio no
sangue. Estava tudo normal com meu corpo.
Mas havia uma pergunta que não queria calar em minha alma: havia eu
tido uma OVERDOSE?
Enquanto estava sendo monitorada, vomitava sangue, urinei e
defequei na calça. Fui tratada com hostilidade pela equipe de enfermagem que não
perdia a oportunidade de lembrar que eu estava drogada, que eu merecia passar
por aquilo. Fiquei horas com um cheiro horrível sem conseguir fazer nada por
mim.
Quando o médico veio me ver, perguntei de imediato: -Eu tive uma overdose?
(Caraca! Overdose era coisa de drogado, de marginal, de gente suja, de pessoas
doentes, sem dentes, magras a pele e osso, pés rachados... não para mim... Será?”).
Para minha tranquilidade, fui diagnosticada com intoxicação
medicamentosa. Mas aquilo não seria um episódio corriqueiro.
Minha irmã achou a droga que havia escondido e aí... aí a
conversa tornou-se outra.
Enquanto estava sendo monitorada, vomitava sangue, urinei e defequei na calça. Fui tratada com hostilidade pela equipe de enfermagem que não perdia a oportunidade de lembrar que eu estava drogada, que eu merecia passar por aquilo. Fiquei horas com um cheiro horrível sem conseguir fazer nada por mim.
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