segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Quando a família entra no jogo – Parte II


Olá!!!

Esse post tem uma primeira parte que você pode acessar em https://convivendocomadependenciaquimica.blogspot.com.br/2017/10/quando-familia-entra-no-jogo.html . (Prometo que vou relembrar como usar linguagem HTML para facilitar a nossa vida com os links...rsrs).

Eu estava há dias em uso de cocaína e tomei uma dose muito alta do antidepressivo que usava para tratar a depressão (Sim! Quando o usuário encontra-se num período crítico da drogadição – rasamente explicando, seria adição de substâncias psicoativas à vida – muito utilizado no meio acadêmico - misturamos drogas lícitas e ilícitas, remédios psiquiátricos, analgésicos, hormônios e tantas outras substâncias das mais variadas inconsequentemente.).

 Não tomei consciente. Com a cabeça “maluca”, peguei uma caixa nova do medicamento, pois a outra acabara (só que a dosagem dessa caixa nova era seis vezes maior que a outra) e nem sequer me dei o trabalho de observar os miligramas. Apenas abri e tomei.

E foi assim que achei que iria morrer.

Meu namorado e minha irmã me socorreram a tempo. Fui levada ao pronto socorro e passei pela triagem como alguém que tomou remédios em excesso. Por sorte, meu namorado conhecia o médico de plantão e pediu a ele que agilizasse meu atendimento.

Nós três entre as cortinas do P.S., o namorado narrando que eu fazia tratamento para depressão e tomei muito remédio e tals... O Dr. já pedia uma lavagem estomacal quando o interrompi, pedi que ficássemos a sós. Muito a contra gosto meu companheiro nos deixou.

Foi então que contei a verdade.

Pela dosagem de medicação que havia tomado somada às três carreiras de pó que havia cheirado, o plantonista optou por fazer um eletrocardiograma, monitorar meus batimentos cardíacos e o nível de oxigênio no sangue. Estava tudo normal com meu corpo.

Mas havia uma pergunta que não queria calar em minha alma: havia eu tido uma OVERDOSE?

Enquanto estava sendo monitorada, vomitava sangue, urinei e defequei na calça. Fui tratada com hostilidade pela equipe de enfermagem que não perdia a oportunidade de lembrar que eu estava drogada, que eu merecia passar por aquilo. Fiquei horas com um cheiro horrível sem conseguir fazer nada por mim.

Quando o médico veio me ver, perguntei de imediato: -Eu tive uma overdose? (Caraca! Overdose era coisa de drogado, de marginal, de gente suja, de pessoas doentes, sem dentes, magras a pele e osso, pés rachados... não para mim... Será?”).

Para minha tranquilidade, fui diagnosticada com intoxicação medicamentosa. Mas aquilo não seria um episódio corriqueiro.


Minha irmã achou a droga que havia escondido e aí... aí a conversa tornou-se outra.



Enquanto estava sendo monitorada, vomitava sangue, urinei e defequei na calça. Fui tratada com hostilidade pela equipe de enfermagem que não perdia a oportunidade de lembrar que eu estava drogada, que eu merecia passar por aquilo. Fiquei horas com um cheiro horrível sem conseguir fazer nada por mim.

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